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31 de jul. de 2011

CANÇÃO DO AMOR IMPREVISTO..






Eu sou um homem fechado.

O mundo me tornou egoísta e mau.

E a minha poesia é um vício triste,

Desesperado e solitário

Que eu faço tudo por abafar.


Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,

Com o teu passo leve,

Com esses teus cabelos...


E o homem taciturno ficou imóvel,
sem compreender
nada, numa alegria atônita...


A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil

Aonde viessem pousar os passarinhos.

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